terça-feira, 27 de maio de 2008

Chesf não acredita em nova licença de Jirau

LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

da Folha Online, em Brasília O diretor de engenharia da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), José Antônio de Lima, disse nesta terça-feira que não será necessária a concessão de uma nova licença prévia por conta das mudanças que foram feitas no projeto de Jirau, a segunda usina do rio Madeira, leiloada na semana passada. A Chesf é integrante do consórcio que venceu o leilão, liderado pela Suez ao lado da Camargo Corrêa e Eletrosul. "O projeto que foi apresentado pelo consórcio vencedor tem menor impacto ambiental porque vai remover 43 milhões de toneladas de rocha a menos", disse Lima. O diretor e outros representantes do consórcio participam hoje de reunião com diretores da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para apresentar as mudanças. De acordo com Lima, é nesta reunião que o grupo tentará formalizar o novo projeto. Lima explicou que a Aneel analisará as mudanças técnicas e econômicas do projeto, enquanto o Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ficará responsável pela parte ambiental. Na semana que vem, os representantes do consórcio se reunião com a diretoria deste último órgão para apresentar as modificações. O consórcio da Suez venceu o leilão de Jirau ao oferecer o preço de R$ 71,37/MWh, 21,54% abaixo do teto de R$ 91. O leilão durou sete minutos e foi encerrado com um lance único. Com as mudanças realizadas no projeto de construção, os custos da obra poderiam cair em cerca de R$ 1 bilhão. A construção da hidrelétrica deverá custar cerca de R$ 8,7 bilhões. O cronograma da Aneel previa o início da operação da usina para 2013, mas o grupo anunciou a intenção de antecipar a geração para março de 2012. A usina de Jirau é considerada prioritária pelo governo e faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A obra terá capacidade para gerar 3.300 MW. No total, a obra terá 44 turbinas, suficientes para abastecer 9,8 milhões de casas mensalmente. A usina está localizada a 135 quilômetros de Porto Velho e deverá gerar 13 mil empregos diretos e 50 mil empregos indiretos.

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