27/05/2008 (10:38)
A Tarde OnlineAgencia Estado
Na semana passada, logo após vencer o leilão, o consórcio anunciou que para reduzir em R$ 1 bilhão os custos da obra, pretende deslocar em nove quilômetros o ponto, no Rio Madeira, onde será construída a hidrelétrica. O anúncio causou imediata reação dos concorrentes do consórcio, que afirmam que novos estudos ambientais terão que ser realizados por conta da alteração.
Lima rebateu essas afirmações e disse que isso "é uma questão de ponto de vista". Ele disse que não será necessário fazer um novo estudo de impacto ambiental nem buscar outra licença prévia junto ao Ibama. "Os estudos ambientais que já foram feitos cobrem um trecho do rio de quase 50 quilômetros, que vai de Abuanã (RO) até Porto Velho. O local onde queremos construir a barragem está dentro desse trecho estudado", garantiu.
Lima informou que na próxima semana os técnicos do consórcio deverão ter uma reunião no Ibama para apresentar o que as mudanças no projeto poderão representar no ponto de vista ambiental. "O nosso projeto reduz o impacto no meio ambiente, principalmente porque deixaremos de escavar 43 milhões de toneladas de rocha", disse Lima. Ele também afirmou que essas alterações não deverão atrasar "em nada" o cronograma de obra, tanto de Jirau quanto de Santo Antônio.
Lima também rebateu críticas dos concorrentes de que o edital de Jirau prevê, em seu anexo 2, coordenadas geográficas indicando o local onde a usina deverá ser construída e que, portanto, a alteração do local seria um desrespeito ao edital. "A localização prevista no edital não é assim tão rígida", defendeu. Segundo ele, a Constituição brasileira define que as usinas hidrelétricas devem ser construídas nos locais onde o aproveitamento energético é o melhor possível. É justamente essa argumentação que Lima e outros técnicos do consórcio vão expor hoje a diretores e técnicos da Aneel. "Na Aneel, vamos tratar da viabilidade técnica do projeto e no Ibama, da parte ambiental", disse
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