Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual, se as mudanças forem confirmadas, o órgão poderá entrar com uma ação civil pública pedindo a anulação do resultado do leilão e a realização de estudos para a concessão de um novo licenciamento ambiental para a obra.
Depois de ter sido anunciado como vencedor da disputa pela construção da usina, na última segunda-feira (19), o consórcio Energia Sustentável do Brasil anunciou que fez algumas mudanças no projeto inicial. A medida possibilitaria uma economia de R$ 1 bilhão no projeto, que tem custo estimado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de R$ 8,7 bilhões.
A principal mudança é a realocação da barragem em 9,2 quilômetros abaixo do ponto original, o que, segundo o consórcio, vai possibilitar que sejam feitas menos escavações, diminuindo os impactos ambientais e os custos, além de antecipar o cronograma da obra. As mudanças no projeto deverão ser aprovadas pela Aneel e também pelo Ibama, que é o responsável por conceder as licenças para o empreendimento.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ibama disse que ainda não foi notificado oficialmente das mudanças e que a alteração na localização do empreendimento é algo inédito na história do órgão. Em reunião realizada hoje (27) com a Aneel, representantes do consórcio se comprometeram a apresentar, dentro de 60 a 90 dias , o novo projeto com as mudanças que serão analisadas pelo órgão.
Para Irineu Meirelles, diretor-presidente da Madeira Energia, consórcio formado pelas empresas Odebrecht e Furnas e vencedor do leilão para construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, as mudanças no projeto de Jirau podem atrasar as obras de Santo Antônio devido à possibilidade de se fazer novo licenciamento ambiental. O grupo também participou da disputa pela usina de Jirau. As duas usinas serão construídas no Rio Madeira, em Rondônia.
(Redação - InvestNews)
[ 17:18 ] 27/05/2008
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