quarta-feira, 25 de junho de 2008

Amazônia

A devastação criminosa da Amazônia e o modelo de desenvolvimento, por Henrique Cortez

Dentre os movimentos sociais, os ambientalistas têm sido os críticos de primeira hora dos equívocos das políticas públicas, principalmente dos modelos econômico e de desenvolvimento, bem como de seus impactos sociais e ambientais. Leia o artigo completo

Amazônia: espaço de viabilidade ou de inviabilidade do Brasil, artigo de Luis Fernando Novoa

[IBASE] É para a região amazônica que se dirigem as “fronteiras” econômicas, agrícola, energética e tecnológica do país. Contando com cerca de 52% do território nacional, a Amazônia não é simplesmente espaço de expansão, mas espaço de projeção em que o Brasil pode ser confirmado ou desfeito. Em um contexto de interconexão dos mercados e de harmonização de processos políticos decisórios em escala global, os “recursos naturais” da Amazônia passam a ser vistos como estoques, mercados de commodities ou de futuros, a serem regulados pelos conglomerados transnacionais. A “governança” que querem é a que proporciona capacidade de administração meticulosa da expansão das fronteiras dos negócios oligopolizados. Leia o artigo completo

Porto Velho poderá ter epidemia de malária

Devido ao grande número de portadores assintomáticos do parasita da malária na área ribeirinha, Porto Velho poderá ter uma epidemia da doença por conta da construção das usinas hidrelétricas do Madeira, caso não sejam adotadas medidas preventivas.

O alerta é do médico pesquisador, Mauro Tada, que concluiu sua tese de doutorado este mês, depois de cinco anos de estudos nessa área. Mauro Tada integra a equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia(Cepem) - um braço da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que trabalha em parceria com a Universidade Federal de Rondônia e o Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia (Ipepatro). A média de prevalência nessas áreas é de 15%, segundo o pesquisador. Por localidade, fica distribuído da seguinte maneira: Engenho Velho, com incidência de 38%; Santo Antônio, 20%; Bate-Estaca, 17%; Vila Candelária, 12,7%; Teotônio- lado direito; 15,1% e Teotôniolado esquerdo,16,9%. Portador assintomático implica dizer que a pessoa possui o parasita circulando em seu sangue, mas não desenvolve a doença (malária).

Apesar de não apresentar os sintomas, ela (pessoa) passa a ser um reservatório (fonte de infecção) em potencial para transmitir o parasita através do mosquito que a picar. É justamente aí que surge o problema: como existe o reservatório, o mosquito transmissor e uma leva de trabalhadores nessas áreas em constante deslocamento, o resultado é o que está sendo anunciado pelo médico - uma epidemia.

Para evitar que o problema ocorra, os governos federal, estadual, municipal, em parceria com as empresas responsáveis pela construção das usinas, já estão em fase inicial de implantação de planos de controle vetorial, especialmente na área de saneamento básico e drenagem de criadouros do mosquito transmissor da malária. Mauro Tada disse que uma das medidas imprescindíveis que deve ser adotada é a drenagem das inúmeras coleções de água (poças) naturais, deixadas pelos trabalhadores que construíram a estrada de Ferro MadeiraMamoré no início do século passado e as obras de algumas construções atuais ao longo da estrada de ferro. Esses locais passaram a ser, ao longo dos anos, criadouros em potencial de mosquitos. "É preciso fechar esses buracos (aterros) e fazer a drenagem". A drenagem precisa ser feita do Triângulo até a cachoeira. Estadão do Norte


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