Belo Monte, Madeira e Tapajós
A Eletrobrás pretende participar do leilão de Belo Monte encomendado para o segundo semestre de 2009. O custo estimado é de R$10 bilhões para gerar 11 mil MW.
Continuo não entendendo as contas desses projetos todos: as hidrelétricas do Madeira com 6,4 mil MW têm custo estimado de R$ 20 bilhões.
Qual será o custo que o governo está “propondo” para o projeto de aproveitamento hidrelétrico do rio Tapajós, com capacidade de geração projetada para 31 mil MW?
E por falar em Tapajós...
A CNEC Engenharia, da Camargo Correa, a mesma empresa que elaborou o EIA de Tijuco Alto, identificou 16 aproveitamentos na bacia hidrográfica do Tapajós. E já definiu que serão três hidrelétricas no rio Tapajós e seis no rio Jamanxim.
O critério para a escolha foi o menor impacto no meio ambiente. Como é que podem imaginar que isso seja possível?
As grandes empreiteiras não vão desistir de fazer grandes hidrelétricas apoiadas pelo governo federal e, agora, pelo grande licenciador Minc, O Pródigo!
Onde está o EIA/RIMA?
Furnas, Chesf e Odebrecht formarão o consórcio que vai participar do leilão de transmissão do Madeira. O leilão está marcado para 31 de outubro.
Nas notícias já divulgadas não há nenhuma menção do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) ou de audiências públicas nos municípios ao longo do traçado.
Barra do Pomba, Cambuci e rio Parnaíba
O governo barrageiro está prevendo que as hidrelétricas Cambuci, Barra do Pomba e mais outras cinco no rio Parnaíba sejam licitadas junto com Belo Monte, no próximo ano.
Enquanto isso...
O governo reuniu a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional de Águas (ANA) para “racionalizar os processos de licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas”.
Alguém pode explicar como é que se racionaliza o licenciamento ambiental? Pulando etapas? Que tal, então, ir direto para a concessão das licenças ambientais? Vai mais rápido e não precisa analisar os estudos.
Essa é mais uma boa amostra de como está sendo desqualificado o processo de licenciamento ambiental no Brasil. Estamos involuindo rapidamente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário