Nossa capacidade de indignação terá limites?
Ela está sendo testada duramente pelos desastres ambientais que acontecem todos os dias. Desde o despejo de endosulfan* no rio Pirapitinga, afluente do rio Paraíba do Sul ou nos descasos de fiscalização de crimes ambientais que ocorrem diariamente no cinturão verde da cidade de São Paulo e no resto do Brasil.
A empresa Servatis, comprada por ex-funcionários da BASF, em 2005, causadora do desastre no Paraiba do Sul, produz agrotóxicos (que insiste em chamar de "defensivos agrícolas"), entre outros compostos químicos. E tem o tal Iso 14001!
A sociedade indignada pode começar a ligar para a empresa através do seu serviço Disk-Ecologia - 0800 2821 175. Vamos ver qual o tamanho de sua (i) responsabilidade depois da mortandade de peixes no rio Paraíba do Sul e do risco à saúde humana.
*O endosulfan é proibido no resto do mundo, mas é produzido no Brasil e usado nas lavouras como pesticida.
O procurador da República no Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, deu entrada em duas ações civis públicas pedindo a paralisação das obras das pequenas centrais hidrelétricas no rio Juruena. São dois os principais motivos apontados pelo procurador. Ele alega que o Ibama é que deveria ter feito a análise ambiental dos projetos e que, apesar de não estarem localizadas em terras indígenas, as obras interferem na vida dos índios e por isso as obras precisariam ter a autorização do Congresso Nacional. Avelar diz que até mesmo a Funai já mudou de posição quanto à questão. Uma etnia indígena, apoiada pela Funai, exige a paralisação das obras por pelo menos um ano, para maiores estudos de impacto ambiental. (Valor Econômico - 21.11.2008) Fonte:2393IFE
As cinco PCH's em construção no Alto Juruena vão render por ano para a empresa Juruena Participações e Investimentos R$ 110 milhões. Esse é o valor da venda dos cerca de 92 MW médios de energia no Proinfa em contrato de duração de 20 anos. Para ter esse rendimento, os investimentos necessários também são elevados, totalizando R$ 520 milhões. O presidente da Juruena, Mauro Boschiero, afirma que a empresa vai construir as PCHs. Com tanto investimento em jogo, a disposição em resolver as pendências com os índios levou a empresa a bancar a ida dos 84 Enawenê Nawê a Brasília no início do mês. (Valor Econômico - 21.11.2008)Fonte: 2393IFE
A procuradora do Ibama argumenta que a licença dada pelo Ibama não é parcial. Ela explica que até então o consórcio havia pedido apenas autorização para esses trabalhos iniciais [canteiro de obras e ensecadeiras]. "Nós demos uma licença para o que nos foi pedido. Portanto, não é uma licença parcial. Em obras, como rodovias, as licenças também saem por trechos", argumentou. Fonte: Agência Estado
Comparar empreendimento linear com o desvio de um rio é o fim do mundo! Não é só a probidade administrativa que está em risco, mas o nosso ordenamento jurídico. Quem precisa de Constituição afinal?
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