Altino Machado às 11:21 Blog da Amazônia
A votação faz parte da premiação internacional Public Eye Awards (”Olho do Público”) e será realizada até 26 de janeiro. A divulgação do resultado acontecerá no dia seguinte, em Davos, na Suíça. Acusada de impactos e violações de direitos na construção da usina de Jirau, a GDF Suez já lidera com mais de 2 mil votos.
As organizações, entre as quais Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Amazon Watch, Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e Survival International, chegaram a enviar na semana passada uma carta ao presidente da multinacional francesa GDF Suez, Gérard Mestrallet, criticando duramente a atuação da empresa no planejamento e construção da hidrelétrica de Jirau, um dos maiores projetos hidrelétricos das Américas.
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A carta também foi encaminhada ao presidente da França e a outras autoridades francesas solicitando “providências urgentes junto à GDF Suez para assegurar que os problemas e ações urgentes” recebam “respostas adequadas no mais alto nível de administração da empresa”.
A carta aponta sérios impactos e riscos socioambientais associados à construção da hidrelétrica, e à responsabilidade direta da GDF Suez.
- A GDF Suez e suas subsidiárias têm demonstrado uma grave falta de responsabilidade nas etapas de planejamento e construção da usina de Jirau, além de violar os direitos humanos e as normas de proteção ambiental, fatos pelos quais a empresa é responsável tanto no plano ético como no legal - afirma a carta.
Entre as violações de direitos humanos estão a ausência de consentimento livre, prévio e informado dos povos indígenas e as evidências da presença, próximo ao canteiro de obras, de índios isolados que serão diretamente afetados.
- Essas violações causaram impactos irreversíveis em uma região com uma das maiores diversidades ambiental e sociocultural.
Segundo as organizações internacionais, a destruição ambiental causada pelas obras de Jirau afetará a sobrevivência das populações tradicionais e dos povos indígenas na bacia do rio Madeira, que é compartilhada por Brasil, Bolívia e Peru, além de alagar florestas e provocar a extinção de espécies de peixes.
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