A diferença entre o Ativista e o Profissional
Earth Day Network
O movimento ambientalista brasileiro, até a metade dos anos 90 era essencialmente composto por ativistas. Foram estes ativistas que, às próprias custas, despertaram o interesse do brasileiro no combate a degradação.
O movimento ambientalista brasileiro, até a metade dos anos 90 era essencialmente composto por ativistas. Foram estes ativistas que, às próprias custas, despertaram o interesse do brasileiro no combate a degradação.
Muitos eram encarados com uma espécie de “louco manso”. Não ofereciam perigo à sociedade. Eram pessoas que gostavam de bichinhos e florzinhas, na opinião de muitos que até os dias de hoje ridicularizam a necessidade de preservar o meio ambiente.
Com o advento da ECO 92 muitos ativistas tiveram contato com “profissionalização” da defesa do meio ambiente.
Foram criando assessorias, desenvolvendo novas técnicas e, principalmente ampliado o conceito da valoração ambiental – Não sei se estou conseguindo esclarecer meu pensamento. O que quero dizer é que muitos ativistas se tornaram membros de uma confraria que vive do dano ambiental. Permitem a degradação desde que o infrator pague em dinheiro, como se pudéssemos respirar ou beber Dólares, Real ou Euros...
São os técnicos renomados com conhecimento e experiência adquirida às vezes no serviço público. Ex-funcionários de órgãos licenciadores que aprenderam as artimanhas para encontrar as brechas da lei e facilitar a aprovação de projetos de grande impacto.
Proxeneta do Meio Ambiente..
Estas pessoas, que carinhosamente chamo de “PROFISSIONAIS DO DANO AMBIENTAL”, vivem e se proliferam às custas de empreendimentos e projetos que destroem o meio ambiente em troca de lucro e poder.
Se acabarem os predadores capitalistas, certamente acabarão os profissionais que vivem do dano causado por estes predadores.
“Quando se coloca no papel o resultado, pode demonstrar que o custo da degradação é muito pior do que o lucro gerado pela atividade econômica.” Carlos Eduardo Young , professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Gostaria de ver algum laudo de uma destas assessorias contrariando a vontade do patrocinador. Algum laudo ou relatório que diga claramente que o empreendimento não deve ser executado.
A separação do Joio do Trigo
As assessorias, as ONGs e Fundações que fazem mitigação de projetos, como o ..., por exemplo, a ... que pega recursos de compensação de danos ambientais. o ... que desenvolve projetos para papeleiras. Os... que passam o pano para a sujeira de mineradoras, o ... que restaura danos. Estas empresas devem, no meu entendimento, migrar para o 2º setor. Deixem o 3º setor para ONGs e pessoas que realmente defendem o meio ambiente e não torcem para que algo seja destruído para abocanhar a gorda fatia das compensações ambientais.
Reconhecemos o valor e a importância de todos aqueles que lutaram por um Brasil melhor. Porém, este reconhecimento não nos obriga a compartilhar com os rumos tomados. O valor das ações do passado estão registrados na história e serão reverenciados para sempre.
Se eu estiver errado, por favor, digam porque o MOVIMENTO ambientalistas vive se digladiando. Porque as grandes ongs ignoram toda e qualquer demanda que não esteja centrada em seu próprio umbigo? Porque diretores destas ongs empresariais se ofendem tanto quando são criticados?
As ações “mitigadoras” realizadas por ex-ativistas e atuais empresários, consultores, profissionais, e assessores, que buscam a recompensa em dinheiro pela destruição ambiental deve manchar a biografia de muitos.
Ilustração extraída do Jornal de Londrina
Que me desculpem as impropriedades pois estou fazendo estes comentários de “próprio punho”, no mais puro improviso:
ResponderExcluir“nos dias de hoje ‘nenhum ninguém” pode mais se arvorar em condutor da humanidade tal o grau de incerteza imposto por este novo fenômeno da globalização que continua despercebido pela maioria dos nossos luminares.
Existem várias maneiras de “ver” as mesmas coisas e nenhuma tem o privilégio de dar a palavra final. “Os conceitos físicos são criações livres da mente humana, não sendo -- por mais que possa parecer -- singularmente determinados pelo mundo exterior”. Assim como existem “pensadores de aluguel”, há também os demagogos que se apropriam de realizações de governos autoritários, por eles mesmos criticados no passado, para o fim de conquistar e manter o poder: é o que em política é eufemisticamente designado por governabilidade.
Não tenho procuração para tanto, mas é forçoso reconhecer que foi a partir da atuação dos ambientalistas e da resistência dos índios que se tornou possível a redução da área de alagamento das 4 usinas recém-licitadas da Amazônia, coisa que já era do conhecimento de qualquer estudante de geografia do colegial. Com isso o custo de todas permaneceu abaixo de 8 centavos por Kwhora, como obviamente era de se esperar, depois da eliminação de barragens e reservatórios. Em alguns casos o reservatório chega a ser menor do que aquele provocado por enchentes naturais: cerca de 10X30 Km, 300 Km², menor do que a área do minúsculo município de Cabo Verde, um dos 34 atingidos pelo grande reservatório de Furnas.
Não pretendo ensinar nada a ninguém, mas vale recordar o comentário anterior:
Se deixar por conta desta gente simplória ‘acabam’ fechando o estreito de Óbidos -- represando o Solimões -- e a boca do Tapajós em São Luiz e transformando a planície Amazônica em um grande mar mediterrâneo como pretendia o “instituto Hudson”, com o Negro e o Orinoco. Balbina é uma pequena amostra do desastre.
É a mesma ‘cambada’ do ministério dos transportes que continua sem titular a responsável pelos “brilhantes” relatórios sobre obras de navegação e infra-estrutura do Rio Teles Pires, Tapajós, etc. minuciosamente expostos, perdoem a redundância, “com riqueza de detalhes” pela responsável do blog.
Deviam, ao menos, ter a humildade de consultar os geógrafos (Ab’s Saber, Nilton Santos) para saber que é impossível – técnica e ambientalmente – domar os Rios Amazônicos. Mas, a prepotência é própria dos demagogos e ignorantes.
“Volume de água não significa, necessariamente, grande quantidade de energia”. O quê a realidade do campo gravitacional permite comprovar é que a quantidade de energia que pode ser utilizada na Amazônia é muito menor do que “faz supor a vã filosofia” destes desses doidos sonhadores. Apenas uma quantidade limitada de energia pode ser aproveitada de forma sustentável em regime de sub-aproveitamento (low profile).
MEIOS E FINS?
ResponderExcluirÉ um grande equívoco imaginar que grandes volumes de água representam energia, a menos que possam ser transformados em estoques de energia potencial em imensos reservatórios. Tecnicamente, é impossível domar os rios amazônicos.
Mas, se a energia não pode ser armazenada na forma líquida (reservatórios de água), esta mesma energia imprevisível das enchentes pode ser armazenada na forma de estoques físicos de produtos acabados que a corrente elétrica é capaz de produzir.
Neste caso, quem vai bancar o custo de fábricas paralisadas no período de estiagem?
A produção de energia não é um fim em si mesmo: antes é preciso que haja mercado para os fins produzidos antecipadamente. Produtores independentes têm condições de complementar hidroelétricas através de termoelétricas a gás produzido localmente no período de estiagem. È o que vai acabar acontecendo se os corredores exclusivos não forem construídos a tempo.