Projetos planejados no Complexo do Tapajós. Mapa editado por Telma Monteiro |
A reunião prevista para esta quinta-feira (25 de abril) entre representantes da Secretaria Geral da Presidência da República e o povo Munduruku não aconteceu. É que os representantes do governo federal, convidados por mais de 100 caciques Munduruku das diversas aldeias da região a comparecer na aldeia Sai Cinza para uma reunião, simplesmente se recusaram a ir à aldeia.
O governo federal ao aceitar o convite feito pelos indígenas, como sinal de boa-fé, prometeu que a reunião seria um espaço onde seria apresentada a proposta de consulta a ser feita aos indígenas sobre a construção da hidrelétrica de São Luiz Tapajós. Gastou dinheiro público para deslocar 200 homens, fortemente armados, da Força Nacional e ainda da Polícia Federal, além da comitiva da Presidência da República, dentre os quais estava presente Thiago Garcia - Assessor Técnico da Secretaria Nacional de Articulação Social, Ministério das Minas e Energia e da Fundação Nacional do Índio (Funai), para chegar na hora, não ir à aldeia e ainda impor condições aos índios. Cadê a boa-fé Ministro Felix Fischer?
Os Munduruku estavam reunidos desde a última terça-feira (23) discutindo estratégias e uma proposta de modelo de consulta aos povos indígenas junto com parceiros, para apresentar na reunião com a comitiva do governo. Segundo relatos que chegam de Jacareacanga, os representantes do governo destacados para este diálogo, chegaram à noite, nesta quarta-feira (24) em Jacareacanga, em três caminhonetes da Polícia Federal e um ônibus da Força Nacional. Eles militarizaram uma escola municipal e queriam que os indígenas se deslocassem da aldeia para fazer a reunião nesse Forte.
Na manhã desta quinta-feira (25), uma comissão dos indígenas foi à Jacareacanga para verificar se os representantes do governo, afinal, estavam na área e foram informados dessa condição. Voltaram para a aldeia e se recusaram a participar da reunião nesses termos, afinal o convite foi claro sobre o lugar da reunião. Os Munduruku conseguiram reunir lideranças do baixo, médio e alto Tapajós, feito dificílimo diante da conjuntura da região e as distancias entre as aldeias. O povo Munduruku foi, mais uma vez, desrespeitado pelo governo federal, que ainda saiu falando que a culpa da reunião não ter acontecido foi dos índios.
Postado por Carla Ninos às 4/25/2013 08:53:00 PM
"Apesar de terem combinado este diálogo, outras lideranças indígenas não compareceram. No dia anterior essas lideranças exigiram mudar o local do encontro, da cidade de Jacareacanga para a aldeia Sai-Cinza, localizada a cerca de 40 minutos de barco. Essa exigência não foi aceita pela comitiva, pois todo o encontro – incluindo contatos, convites, tempo de duração, espaço na escola municipal e divulgação - havia sido organizado para ser naquela cidade, com a pauta focada na construção do processo de consulta. A escola municipal Carmem Valente da Silva foi solicitada ao prefeito Raulien Queiroz, que suspendeu as aulas naquele dia. O governo federal assumiu todos os custos de deslocamento e preparação dos indígenas, que puderam se reunir com assessores por dois dias, assim como assumiu todos os custos da reunião conjunta em Jacareacanga". Mentira não é o melho caminho, nunca.
ResponderExcluirE se não aprovar esta definido o caráter mentiroso da blogueira
ResponderExcluirEm uma reunião anterior, o próprio governo aceitou que a reunião fosse na aldeia Sai Cinza. Mudou em cima da hora, porque ficaram com "medo da violência dos Mundurukus". Como assim? Chegam com 200 homens armados, sitiam a cidade, rompem um acordo prévio, e os mundurukus é que são violentos? Governo canalha e anônimo baba ovo do go
ResponderExcluir"Sempre o governo quer abrir o dialogo com os indios"mas dessa forma prendendo alguem na aldeia nunca os munduruku vão ter creditos lá fora"mas dizer que o governo se recusou a ir na aldeia isso não é verdade!mentira é o melhor caminho,nunca.
ResponderExcluirInstalei um grupo gerador de reserva para um hospital e fiz a seguinte recomendação: “ligar o gerador próprio e deixar a Cemig na reserva”. Sai muito mais em conta. Além disso, o radiador foi suprimido e a água de arrefecimento foi ligada à serpentina do aquecedor central. Todo calor proveniente das perdas da queima do gás são integralmente utilizadas para o banho e roupa lavada dos pacientes, que, indubitavelmente constitui a maior demanda de qualquer hospital (70%). È o que denomina cogeração de calor e eletricidade por uma só fonte.
ResponderExcluirHotéis, condomínios e shopping centers não podem prescindir de geração própria. Além da segurança, economizam na conta de luz. Indústrias que utilizam “calor de processo” como cimenteiras, cerâmica, fábrica de alimentos e bebidas utilizam o processo cogeração em geração distribuída, para escapar do cativeiro da tarifa da distribuidora. Até usinas de biomassa utilizam para economizar bagaço, que é um combustível tão ruim que as próprias olarias rejeitam, mesmo que cedido gratuitamente.
A propósito: Qualquer dia desses a índia volta ...a mesma que ameaçou com faca na cara do presidente da Eletrobras... ou vão dar vexame na camara dos deputados: que vergonha gente!
Prezada Telma Monteiro, meu nome é Alan Lobo, sou um dos organizadores do Cineclube Socioambiental Crisantempo Bahia (http://bahia.cineclubesocioambiental.com.br/home/), e escrevo para solicitar seu e-mail, com o objetivo de convidá-la a participar de uma de nossas sessões. Obrigado! Alan Lobo.
ResponderExcluirOlá, Alan Lobo!
ExcluirPor favor, meu contato é https://www.facebook.com/telmadm?ref=tn_tnmn
Esqueci de deixar meu contato: alanlobo@ig.com.br
ResponderExcluir