quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O planeta Terra não tem backup (reedição)



China, Índia, Arábia Saudita, África do Norte e EUA estão levando à exaustão os seus aquíferos à ordem de 160 bilhões de metros cúbicos por ano. Brown faz uma equação muito interessante para ilustrar sua análise: cada tonelada de grãos equivale a 1.000 toneladas de consumo de água, ou seja, 160 bilhões de toneladas de déficit hídrico correspondem a 160 milhões de toneladas de produção de grãos. São de 300 quilos/ano o consumo mundial per capita de grãos e 160 milhões de toneladas de grãos, produzidos de forma insustentável, alimentam 480 milhões de pessoas.
 
Outro dado interessante que ele apresenta é que quando os países perdem sua capacidade de irrigação acabam aumentando sua necessidade de importação de grãos. A água para suprir a demanda das cidades tende a migrar da água que iria para a irrigação com a consequente diminuição da produção de grãos. Importar grãos é, na equação de Brown, importar água numa proporção de 1.000 toneladas de água para cada tonelada de grãos. Incrível!

Telma Monteiro


Os tempos estão mudados e o clima cada vez mais incerto. O economista Lester R. Brown escreveu, em 2006, o livro Eco-Economia – Construindo uma Economia para a Terra onde analisa em profundidade as mudanças climáticas e seus efeitos no planeta. No mesmo ano, não resisti, resumi o livro e publiquei.

Hoje, depois das notícias e imagens dos extremos climáticos vividos no hemisfério norte com um inverno com temperaturas abaixo de zero, e as altas temperaturas no Rio de Janeiro e em São Paulo, precipitações intensas localizadas em algumas regiões, acredito que a mensagem de Lester Brown nunca esteve tão atual.

Reeditei esse resumo do livro Eco-Economia - Construindo uma Economia para a Terra, de Lester R. Brown[1], e espero que as informações essenciais nele contidas possam nos dar alguma luz que ajude a enfrentar o futuro de mudanças climáticas no planeta. 


Introdução

O economista americano Lester R. Brown, fundador, em 1973, do Worldwatch Institute e um dos ambientalistas mais respeitados do mundo, prevê no seu livro ECO-ECONOMIA - Construindo uma Economia para a Terra, que o planeta deverá passar por um “choque ecológico” para se adequar a uma economia ambientalmente sustentável. Pessoalmente eu não já não consigo conviver com o termo “sustentável”, de tanto que ele foi vilipendiado. Mas, o senhor Brown ainda fala de sustentabilidade e para ele será preciso nivelar e compatibilizar a relação entre a economia e os ecossistemas, sob pena de se atingir um estado de emergência ecológica. 

Paralelamente, Sir Nicholas Stern, economista britânico, elaborou o relatório Stern Review”, um documento criterioso de 700 páginas sobre os efeitos das alterações climáticas na economia, divulgado em 30 de outubro de 2006,  e que corrobora aquilo que preconiza Lester Brow.  Em sintonia com ambos, Uma Verdade Inconveniente (outubro de 2006) de Al Gore é mais um alerta que completa a tríade.

Esses importantes personagens, economistas e homens públicos, vêm anular a enxurrada de críticas que ONGs e pesquisadores do mundo inteiro têm recebido por seus trabalhos e pesquisas que mostram a destruição e exaustão dos recursos naturais provocadas por esse modelo adotado de economia insustentável.
           
A maioria das pessoas não leu o livro Eco-Economia de Lester R. Brown e me surpreendo, todos os dias, com gestores públicos e segmentos da sociedade que ainda continuam separando a economia da ecologia.  Ao fazer o resumo daquilo que achei mais instigante no livro, tenho a esperança de poder desarmar os cépticos.

           
A economia do planeta


Em 1950 o total de bens e serviços no planeta equivalia a US$ 6 trilhões, em 2 000 a US$ 43 trilhões e a projeção para daqui a 25 anos é que atinja a cifra de US$ 172 trilhões. Brown abre sua magnífica análise do planeta sob a ótica da eco-economia, enfatizando a necessidade do respeito aos princípios da ecologia, de uma conscientização ecológica e da premência da criação de um mundo sustentável em que os economistas e ecólogos firmem um compromisso envolvendo matérias transdisciplinares.

O economista relata casos desde aquíferos exauridos pelo excesso de extração que acabou por criar um déficit hídrico até o encolhimento das florestas no mundo, à base de 9 milhões de hectares ao ano. “Extinção é para sempre”, diz, citando entre outros impactos no clima, a possível interferência na manta de gelo da Groenlândia, com 2 quilômetros de espessura, que, com o derretimento, vai elevar o nível do mar em 7 metros.

Conta fatos históricos que culminaram na extinção de algumas civilizações antigas, como a dos Sumérios, em 250 AC, que criou uma terrível falha ambiental ao utilizar a água na agricultura de forma insustentável, com consequente salinização do solo; ou dos habitantes da Ilha de Páscoa que, pescadores exemplares, consumiram toda a madeira da ilha para fazer as embarcações e quando essa madeira acabou, morreram de fome; ou, ainda, a dos Maia que pereceram sem alimentos, pois a produção tornou-se inviável com a erosão do solo provocada pelo terraceamento.

Ilha de Páscoa - Foto: Historiador em foco
Hoje, mais de 80 milhões de pessoas por ano no mundo são considerados refugiados ambientais, oriundos da dilapidação do capital natural da Terra. Com isso, foram criados déficits ecológicos que terão que ser pagos pelas gerações futuras. Lester Brown conclama para um planejamento da economia que respeite os fundamentos da ecologia e convida o mercado a falar a verdade ecológica.

A avaliação equivocada do custo do carvão na eletricidade em detrimento da energia eólica  são alguns exemplos que ele cita. Brow propõe um “imposto ambiental” e a obrigatoriedade da informação sobre o real custo total dos produtos e serviços que compramos, incluindo o custo ambiental efetivo. E se agregássemos todos os custos ambientais e sociais, presentes e futuros, à energia gerada pelas hidrelétricas na Amazônia? Em que níveis isso oneraria nossa conta de luz? Que efeito isso traria no consumo?

Os refugiados climáticos

Os sinais de estresse estão, hoje, muito claros e basta um olhar mais acurado para a escassez da água, principalmente.  São muitos os exemplos de degelo que Lester Brow cita, e que vêm se agravando com sérias conseqüências para a elevação do nível do mar, pois pode significar até 1500 m de recuo do litoral a cada metro que subir.  Para se ter uma ideia, isso  equivaleria a reduzir os EUA em 36 000 quilômetros quadrados. O resultado seria o aumento -em milhões - do número de refugiados climáticos em regiões como Bangladesh, China, Índia, Indonésia, Filipinas e Vietnã.

No futuro muito próximo serão os refugiados climáticos que dominarão o fluxo internacional de migrantes. Qual é o custo de assentar essas pessoas? É preciso observar o crescimento de números como o custo das catástrofes, que em 1960 era de US$ 69 bilhões e em 1990 passou dos US$ 536 bilhões.
Alguns exemplos mencionados por Brown impressionam: o Mar de Aral, localizado na Ásia Central, que de 1960 até hoje recuou 12 metros e perdeu 40% da área e 66% do volume. O rio Amu Darya, com 2400 km, teve suas águas desviadas para projetos de irrigação desde 1950 e agora já não chega mais até o Mar de Aral que estará seco em uma ou duas décadas.

São muitos os casos que Lester Brown usa para fundamentar e ilustrar sua obra: o do rio Amarelo, na China, que em 1977 chegou a ficar 226 dias sem atingir o mar; ou o do rio Nilo, que banha três nações e que definhará completamente  se não se produzir um projeto de estabilização das populações; ou ainda o caso do rio Jordão que deságua no Mar da Galiléia e cujo nível vem decrescendo espantosamente; e o do Mar Morto, que vai encolhendo nitidamente.

Lester Brown vai mais longe quando faz uma análise assustadora da planície norte da China, onde o lençol freático entrou num processo de redução de 1,5m ao ano. Dos 2,6 milhões de poços, 99 900 foram abandonados em 1997 e 221 900 novos foram perfurados para suprir a necessidade de irrigação.

China, Índia, Arábia Saudita, África do Norte e EUA levam à exaustão os seus aqüíferos à ordem de 160 bilhões de metros cúbicos por ano. Brown faz uma equação muito interessante para ilustrar sua análise: cada tonelada de grãos equivale ao consumo de 1.000 toneladas de água, ou seja, 160 bilhões de toneladas de déficit hídrico correspondem a 160 milhões de toneladas de produção de grãos. São de 300 quilos/ano o consumo mundial per capita de grãos e 160 milhões de toneladas de grãos, produzidos de forma insustentável, alimentam 480 milhões de pessoas.

Mar de Aral - Foto: Blog da Geo
Outro dado interessante que ele apresenta é que quando os países perdem sua capacidade de irrigação acabam aumentando sua necessidade de importação de grãos. A água para suprir a demanda das cidades tende a migrar da água que iria para a irrigação com a conseqüente diminuição da produção de grãos. Importar grãos é, na equação de Brown, importar água numa proporção de 1.000 toneladas de consumo de água para cada tonelada de grãos. Incrível!

A competição pela água se refletirá nos mercados futuros de grãos, enfatiza. Ou seja, aumentar indiscriminadamente a produção de grãos na Amazônia equivale, na verdade, a exportar – em volume mil vezes maior e sem estar incluído no custo - um produto muito mais valioso: água.

O México já contribui com 1.036 quilômetros quadrados/ano de terras abandonadas, exauridas e desertificadas; a África em 2025 terá mais de dois bilhões de pessoas. Esses dados já dão prenunciam o aumento do número de refugiados ambientais. Alerta Lester Brown, também, para o possível estágio inicial da sexta grande extinção da Terra, que não se dará por fenômenos naturais.

Neste ponto ele cita Chris Bright “A natureza não tem botão de reiniciar”. Perfeito para ilustrar o estresse deste planeta que também não tem backup, complemento eu.


Uma nova economia

Segundo Lester Brown (...) “cientistas ambientais estão avaliando os efeitos dos projetos após os economistas terem decidido quais investimentos realizarão” (...). Essa é a feição pérfida da ecoeconomia que temos hoje.

A redução da fotossíntese, a desertificação, a impermeabilização do solo e a chuva ácida são consequências que acabam por diminuir a produtividade do planeta. É fundamental, por exemplo, preservar as florestas à montante, nos rios, para o controle das enchentes. A demanda pela água já supera a produção sustentável dos aquíferos, como comprovam a diminuição do volume nos poços devido ao rebaixamento do lençol freático.

As questões cruciais para Brown são: o que comeremos, onde viveremos, como será o lazer e quantos filhos teremos.

Na nova economia, outras atividades serão desenvolvidas, com ênfase para a energia eólica, solar, piscicultura, indústria de bicicletas, teleconferência, produtividade hídrica com a busca da eficiência na gestão da água. Tudo isso deverá criar novos empregos, novas profissões, novas especialidades como a engenharia eólica e a arquitetura ambiental.

Estabilizar a população, diz ele, será o grande desafio e, cita a inusitada tendência do reaparecimento das parteiras para acompanhamento do planejamento familiar. Ele crê na revolução ambiental depois da revolução agrícola e da revolução industrial. Magnífico e imprescindível, quando se coloca lado a lado o consumo anual de 28 bilhões de barris de petróleo (dados de 2000) e a exaustão dos recursos naturais.

A energia

Aqui, Lester Brown envereda para uma área específica: a energia, com uma fundamentação precisa sobre o aproveitamento dos ventos na energia eólica e cria, em tese, um futuro em que a era solar e a era do hidrogênio podem vir a mudar e a salvar o planeta. Cita a queda dos custos por KW hora da energia eólica de US$ 0,38 nos anos 80 para US$ 0,04 em 2001. A Argentina, diz ele, vai produzir 3.000 MW de energia eólica na Patagônia até 2010 e acrescenta, entusiasmado, que o excedente dessa fonte de energia pode ser armazenado na forma de hidrogênio.

Nicarágua e Filipinas já têm, respectivamente, 28% e 26% da sua energia gerada de fonte geotérmica.  Alguns números ilustram as mudanças, no mundo, das fontes de energia renovável dos anos 90 para 2000, como, por exemplo, o aumento de 32% na capacidade de geração eólica, o aumento de 43% nas vendas de células solares, a diminuição em 4% da queima de carvão como combustível, o aumento em 2% do uso do gás natural, o aumento em apenas 1% no uso do petróleo e o aumento de menos de 1% do uso da energia nuclear. Estamos começando a entender os sinais da natureza? E o Brasil, onde se encaixa?

Lester Brown nos dá, ainda, outros dados estarrecedores, como o montante de US$ 700 bilhões que são gastos anualmente pelos governos, em atividades ambientalmente destrutivas como mineração de carvão, pesca excessiva e extração predatória de aquíferos.

Aqui o economista nos dá outra lição: os materiais cujo beneficiamento consome muita energia. São dados impressionantes como os 6,1 bilhões de habitantes que utilizam 137 kg de aço por ano e 340 kg de ferro, per capita. Um par de alianças de ouro equivale a um buraco no chão de 3 m por 1,80 m por 1,80 m de profundidade.

As cifras da exploração da natureza pelas indústrias energointensivas (o principal insumo é a energia) são impressionantes: 833 milhões de toneladas/ano de aço bruto produzido, 24 milhões de toneladas/ano de alumínio, 13 milhões de toneladas/ano de cobre (dados do ano 2000) e nessa escalada estão a China em primeiro lugar, seguida pelos EUA e Japão. Balanço geral? Pasme com o 1,4 bilhão de toneladas/ano de minério para a produção de aço. Para se produzir uma tonelada de ouro é preciso processar 300.000 toneladas de minério. Nessa corrida, a Amazônia contribui, segundo Lester Brown, com a utilização de 100.000 kg de mercúrio para a extração de ouro.

Foto: Isto É Dinheiro
A lâmpada vermelha do alarme está acesa e piscando alucinadamente. Já não adianta fazer backup, pois uma colher de chá de mercúrio num lago de 10 hectares impossibilita o consumo humano de seus peixes. Os efeitos do mercúrio, diz Brown, podem levar uma década para se manifestar. Não se pode saber quando esses efeitos se manifestarão no caso da Amazônia (dano cerebral e defeitos congênitos, entre outros). Mas a Amazônia detém apenas uma parcela dos problemas do mundo inteiro; na gordura dos ursos polares do Círculo Ártico já foram detectadas altas concentrações de Persistent Organic Pollutants (são substâncias químicas que persistem no ambiente, são bioacumuláveis ​​através da rede alimentar e representam risco de causar efeitos adversos para a saúde humana e meio ambiente) ou POPs, como são chamados.

Só em 1999 foram liberados 3,5 milhões de toneladas de produtos químicos no meio ambiente dos Estados Unidos, o que equivale a 12,5 kg por pessoa. Lester Brown menciona também o tremendo estrago provocado pelas usinas elétricas a carvão nos EUA, que liberam na atmosfera 45.000 kg/ano de mercúrio que acabam por se depositar nos cursos d’água. Os 3,2 bilhões de pessoas que serão adicionadas à população mundial nos próximos 50 anos nascerão em países que já enfrentam carência de água, diz Brown, e dá a dica: ou se estabiliza a população mundial ou teremos a escassez de alimentos provocada pela escassez hídrica. É pegar ou largar!

Resolver a equação [aumento da produtividade hídrica] = [cobrança pelo uso da água] + [eficiência] + [racionalização] pode ser a grande saída para um grande impasse que vai afetar muitas gerações. Só na China 70% da água são desviados dos rios ou bombeados do subsolo para irrigação. Talvez, segundo Brown, o uso eficiente da água na irrigação seja a chave. Exemplo? Em Israel a irrigação por gotejamento reduziu o consumo entre 30% e 70%. É preciso considerar alguns outros dados, como o consumo e produção de carne no mundo: em 1950 eram 44 milhões de toneladas e em 2000 foram 233 milhões de toneladas. Um crescimento de 17 kg para 38 kg per capita.

Mais uma vez, ele nos assusta, com o fato da pobreza hidrológica estar se apresentando numa escala inimaginável. As ameaças à produção futura de alimentos deverão, indubitavelmente, passar por questões como erosão do solo, exaustão dos aquíferos e mudança climática.   

Uma sucessão de dados antecipa uma possível era negra para o planeta Terra se não mudarmos os rumos traçados por essa economia em que produtos e serviços são obtidos à custa do estresse social e ambiental.

O Lago Chad no continente africano encolheu dos 25.000 quilômetros quadrados que tinha em 1963 para incríveis 1.350 quilômetros quadrados. Na esteira desse drama estão menores índices pluviométricos, aumento da irrigação com o desvio de cursos de água e o aumento do desflorestamento. E, nesse ponto, Brown chega a uma questão que já foi alvo dos alertas da sociedade e da academia no que diz respeito à relação entre queda na produtividade das hidrelétricas e  aumento da carga de sedimentos transportada pelos grandes rios, como o Madeira; esses sedimentos aceleram o processo de assoreamento e, em decorrência, diminui a  vida útil de barragens erguidas  com custos altíssimos, tangíveis e intangíveis.

No final dessa obra que, imagino, seja o grande alerta para evitar a debacle ambiental, Lester Brown nos convida a olhar para o planejamento urbano: os menos de 2% da superfície do Planeta Terra que são ocupados pelas cidades produzem 78% das emissões de carbono, consomem 60% de água (consumo residencial), utilizam 76% da madeira para fins industriais. A derrubada das árvores deveria ser um item obrigatório na planilha de custos a ser apresentada à sociedade.

É preciso eliminar métodos predatórios de exploração dos recursos naturais como a queima de carvão, a utilização de recipientes descartáveis, mineração de ouro com cianeto, etc.; aumentar impostos sobre atividades ambientalmente destrutivas, como emissões de carbono e enxofre, geração de lixo tóxico, uso de matérias-primas virgens, uso de recipientes e produtos descartáveis, emissões de mercúrio, geração de lixo, uso de agrotóxicos, propriedade de veículos, aterros sanitários, uso excessivo de água, derrubada de árvores. Essa deveria ser a fatia do leão, segundo Brown.

Reduzir subsídios governamentais para atividades ambientalmente destrutivas, como  pesca oceânica, indústrias extrativas (carvão), uso de automóvel. Energia verde? Infelizmente esse conceito se deteriorou depois da Rio+20. Mas, se for reciclada, será possível com fontes genuinamente limpas e renováveis como a eólica, células solares, energia solar térmica. Brown sugere, então, a eletricidade verde através de fazendas eólicas, e deixa claro que é sua opção para um planeta saudável. Eu acrescentaria a descentralização da geração de energia, com pequenas centrais e telhados solares.


Como chegar lá?

A conclusão? Reestruturar a economia. Agregar aos preços a verdade ecológica que, necessariamente, tem que passar pela reestruturação do sistema fiscal. Os preços têm que refletir a realidade da exploração dos recursos naturais. A política fiscal deve contemplar a verdade ecológica e incorporar o valor dos serviços do ecossistema. O papel da mídia é fundamental na mudança das prioridades públicas e no comportamento privado para a construção da ecoeconomia. Para encerrar Lester Brown escreve que o interesse corporativo deve dar sua contribuição e diminuir os lucros; quanto às ONGs e movimentos sociais, seu papel é o de insistir e persistir na correção dos rumos. A escolha terá que ser desta geração.





[1] EARTH POLICY INSTITUTE
UMA - Universidade Livre da Mata Atlântica
UMA - Editora
Salvador - Bahia - Brasil
Eduardo Athayde, Editor Associado

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