quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Quando vamos agir para resgatar nossa integridade?



Imagem: Justificando
"Eu sou o presidente"! “Eu não peço, eu mando” É isso aí, Johnny Bravo, você é um presidente deslumbrado, tacanho, protagonizando diariamente uma ópera bufa. E nós, os ainda minimamente  saudáveis, à beira de um ataque de nervos, estamos tentando entender como foi que um ser tão asqueroso conseguiu ser eleito presidente e, ainda, ser aplaudido depois de dizer "porra, eu ganhei, porra" em rede nacional.

Por Telma Monteiro

Não vamos fazer nada? Só ficar aqui na rede social, lastimando, criticando, lambendo as feridas, compartilhando discursos aviltantes? Assistindo aos brasileiros que aplaudem boçalidades como se elas fossem manifestações de "espontaneidade"? Palavrões como se fossem normais saídos boca de um presidente da República? E assistir o pavão se regozijar enquanto o país se desmancha? Ele está se divertindo, basta ver como cortou o cabelo, a la Hitler, para debochar do povo. Debocha das instituições e cientistas como se fossem seus escravos. O soberano nepótico e sua prole sem formação. Desculpe, esqueci, um deles já fritou hamburguer e se acha apto a ser embaixador. 

Vamos entregar a Amazônia e as riquezas minerais para os EUA? E as terras indígenas e unidades de conservação? E nossas conquistas desde a Primavera Silenciosa de Rachel Carson, de 1962? 

O Brasil é quase a maior sucata de infraestrutura do mundo. Não que isso seja culpa só desse governo inepto, mas ele está colocando a pá de cal. Mas nada está sendo feito para reverter isso. E nós não temos vergonha na cara. Ficamos assistindo horrorizados a essa mais recente série de horror que deve passar, no futuro, na Netflix.

A mesmice é chata? Pois parece que aqui não é. Todo dia ele “faz tudo sempre igual”, nos expõe à vergonha para atrair seus seguidores. Já estou vendo o dia que vão apedrejar ambientalistas na rua. Olhe nos olhos dele quando está dando uma entrevista, ele parece ter orgasmos quando observa o assombro dos jornalistas a uma resposta hedionda.

"Eu sou o presidente"! “Eu não peço, eu mando” É isso aí, Johnny Bravo, você é um presidente deslumbrado, tacanho, protagonizando diariamente uma ópera bufa. E nós, os ainda minimamente  saudáveis, à beira de um ataque de nervos, estamos tentando entender como foi que um ser tão asqueroso conseguiu ser eleito presidente e, ainda, ser aplaudido depois de dizer "porra, eu ganhei, porra" em rede nacional.

Não dá mais para ficar nessa inanição. Temos três poderes na República. Um está completamente esfacelado. E os outros dois? Devem estar gostando, pois a mamata continua como sempre. Dinheiro compra tudo naquele congresso (com letra minúscula mesmo). O judiciário está assistindo de camarote e com mordomias. E nós?

Bolsonaro já não disse besteiras demais? Já não ofendeu pessoas demais? Já não despejou impropérios demais? Já não violou a liturgia do cargo? Já não foi suficientemente grotesco com educadores, estudantes, artistas, jornalistas, indígenas, nordestinos, ambientalistas, cientistas, pesquisadores, especialistas, quilombolas, mulheres, LGBTs, funcionários públicos? 

Já não há motivos mais que suficientes para uma interdição ou impeachment? 

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