Belo Monte








Área de perambulação dos indígenas isolados



Área de perambulação dos indígenas isolados (em vermelho) na região da UHE Belo Monte e que foi objeto de interdição por dois anos pela Funai. Terra Indígena (TI) Ituna / Itatá, localizada entre as TIs Koatinemo e Trincheira/Bacajá.








Anti-ambientalismo a favor de Belo Monte
Rio Xingu - Foto Felipe Milanez

Rogerio Grassetto Teixeira da Cunha[1]   

É triste ver uma pessoa emitindo opiniões disparatadas, empregando argumentos falaciosos e usando retórica barata. Mais triste ainda é quando as palavras vêm de um cientista famoso e são publicadas num veículo de grande circulação, pois essas variáveis facilitam o uso dessas idéias para servir a interesses escusos. Refiro-me às opiniões anti-ambientalistas e a favor da usina de Belo Monte que o físico Rogério Cézar Cerqueira Leite emitiu no artigo "Belo Monte, a floresta e a árvore", publicado na Folha de São Paulo do dia 19 de maio.
 
Ele escreveu que uma das críticas dos "ecopalermas" à construção da usina seria o sacrifício de 500 km² de mata, "ou seja, a mesma área que, em média, tem sido desmatada a cada dois dias (sic) nos últimos anos, devido ao comércio de madeiras e à invasão da soja e do gado na Amazônia". O nosso nobre físico está mal-informado (ou mal-intencionado, mas gostaria de não acreditar nesta hipótese) quanto a uma das principais críticas reais dos ambientalistas.
 
Qualquer pessoa minimamente bem informada sobre o tema sabe que o principal impacto deste tipo de obra é indireto. A abertura de estradas, o estímulo ao acesso e a atração para a região de uma população estimada de 90 mil pessoas irá deflagrar um processo de ocupação que, segundo os especialistas, pode representar a destruição de metade da floresta amazônica. Ou seja: a área desmatada pode chegar a muitos milhares de quilômetros quadrados. Apenas uma nota de menor importância que indica o quão desorientado (ou tendencioso) está o articulista: a área que ele diz ser desmatada a cada dois dias é na verdade a área desmatada a cada 26 dias na última estimativa do INPE. Uma taxa de 500 km² a cada dois dias indicaria um desmatamento anual de 91250 km², taxa que nunca foi atingida (nem perto disso) desde que as medições começaram.
 
Mas para quê o compromisso com a verdade? Além disso, mesmo que os números estivessem corretos, uma coisa não justificaria a outra. Mesmo porque, como já dito, a construção desta barragem no Xingu impulsionaria desmatamentos das mais variadas causas por vastas áreas.
 
O artigo prossegue com uma crítica velada a estrangeiros (entenda-se o diretor de Avatar, James Cameron, e a protagonista, Sigourney Weaver) que, segundo o articulista, não teriam o direito de criticar, pois continuariam "comprando móveis de mogno" e não teriam boicotado carne e soja. O que uma coisa tem a ver com a outra? De qualquer forma, ele conhece os hábitos destas pessoas? E isto importa para a crítica que fazem?
 
Apesar de nos chamar de "ignocentes" (o que seria, para o neologista Cerqueira Leite, uma mistura de "ignorantes" com "inocentes"), muitos dos críticos à obra têm bastante conhecimento da situação e das suas implicações. E também não são inocentes. Sabem que a luta contra a hidrelétrica é inglória e contra forças muito poderosas, capazes até de arrebanhar em suas hordas a opinião de nomes outrora respeitados. As críticas dos ambientalistas "lucientes" (agora neologismo meu, mistura de "lúcidos" com "experientes") incluem inúmeros aspectos. Por exemplo, para que a usina funcione a contento no futuro, seriam necessárias novas barragens rio acima para regular o fluxo do rio. Foi prometido que isto não será feito, mas quem acreditar nisto será, este sim, um grande ignocente.
 
Há ainda um caminhão de outros poderosos argumentos contra a usina. Vou concentrar-me apenas naqueles que rebatem as falácias do artigo. Não vou responder ao argumento sobre a perda da biodiversidade apenas na área alagada, pois já creio ter ficado claro que este não é o problema ambiental principal. Apenas limito-me a comentar a ignorância que o físico demonstra (esta falta de conhecimento de Biologia básica é incompreensível e imperdoável em alguém com tanta fama acadêmica), quando afirma que qualquer espécie que esteja espontaneamente restrita a um território de 500 km², excetuando-se algumas confinadas a pequenas ilhas, "já está em extinção". Como biólogo, posso afirmar que esta afirmação é desprovida de qualquer razoabilidade. Há centenas de milhares de espécies que tiveram, têm ou terão distribuições restritas, inclusive a nossa, em inúmeros estágios da nossa história evolutiva. E elas não estiveram, estão ou estarão fadadas à extinção simplesmente por causa disto.
 
Em seguida, após mencionar a perda de alguns mamíferos (não serão alguns, serão muitos milhares, mas, novamente, não é este o ponto principal), ele recorre a uma das principais falácias da grande mentira que é o projeto da hidrelétrica de Belo Monte como um todo: que teria como objetivo iluminar 20 milhões de lares e gerar empregos nas indústrias locais. Depois somos nós que somos "ecopalermas" e "ignocentes"... Será que ele sinceramente acredita nesta mentira? A energia de Belo Monte não tem como foco principal a iluminação residencial. O foco são as grandes mineradoras, vorazes por energia, e que geram poucos empregos e muito desmatamento.
 
O passo seguinte é comparar Belo Monte com a usina de Três Gargantas, na China, cuja construção exigiu o deslocamento de mais de 1 milhão de pessoas, enquanto que aqui seriam "apenas" de 2 a 3 mil lares, que seriam inclusive beneficiados com mais conforto.
 
Não são "apenas" 2 ou 3 mil lares. Estima-se em 20 mil pessoas. Além disso, é altamente duvidoso que melhorariam de vida, pois a regra no Brasil não é melhorar as condições dos expulsos (que o digam os milhares de atingidos por barragens que ainda lutam por seus direitos). Ele menciona ainda que os índios amazônicos seriam seminômades e extrativistas (é antropólogo também?) e que por isso pouco perderiam.
 
Mas ele não tinha mencionado lares? Onde foram parar os ribeirinhos no seu argumento? E os índios da região não são, sob nenhum aspecto, seminômades. Aliás, do ponto de vista social, uma das coisas que mais preocupam é como Altamira irá lidar com um afluxo de pessoas que vai dobrar sua população. A desestabilização social resultante disso será enorme. Imagine o leitor a sua cidade dobrando da noite para o dia. E depois que a obra ficar pronta, para onde irão estas pessoas?
 
Finalmente, ele apela para o último recurso torpe. Argumenta que, se não construirmos a usina, teremos que recorrer às termelétricas. Afirma que a energia eólica "não oferece segurança de fornecimento acima de certo nível de participação em um sistema integrado". Bem, parece que Alemanha, Espanha, Dinamarca pensam diferente... Ela pode sim compor uma porção razoável do sistema, o suficiente para dispensarmos esta obra cara, ineficiente e ambientalmente calamitosa. Ah, e o complemento com energia solar, a eliminação de perdas, a repotenciação de usinas? Parece que nosso bom samaritano simplesmente se esqueceu destas possibilidades.
 
Mais um erro de seu argumento (da enorme série de problemas) é que recorrermos ou não a termelétricas (que concordo serem um desastre) não irá fazer a menor diferença em termos do aquecimento global. O mundo está dando uma banana para os alertas e continua consumindo combustíveis fósseis como nunca antes na história deste planeta. O pior de tudo é que as hidrelétricas não geram energia limpa. Por causa do metano produzido pelo apodrecimento de matéria orgânica que fica acumulada no fundo do lago, elas são geradoras de energia extremamente poluentes em termos de emissão de gases de efeito estufa.
 
Mas ele se esqueceu (intencionalmente ou por "ignocência"?) de comentar diversas outras críticas dos ambientalistas. Como a ineficiência da usina, que funcionará bem no inverno e de forma manquitola no verão amazônico. Ou o enorme (e ainda incerto) custo da obra, quase totalmente financiada com dinheiro público e com a ausência de financiadores privados, provavelmente assustados com todas as incertezas técnicas, ambientais e econômicas. Não citou também os polêmicos gastos e impactos com as extensíssimas linhas de transmissão necessárias para interligar Belo Monte ao sistema elétrico, valores omitidos das contas e do debate. Faltou memória ao físico para discorrer sobre a estranha ausência de alguns grupos no leilão na última hora, sobre a ingerência política no processo de licenciamento, mesmo com Parecer Técnico inconclusivo do IBAMA. A lista prossegue: e as incertezas e dificuldades geológicas da obra? E as inúmeras ilegalidades no processo de licenciamento? E a morte do enorme potencial turístico da região? E as perdas com pesca e com a coleta de peixes ornamentais?
 
Dado o nível de desconhecimento demonstrado pelo articulista em tantos aspectos fundamentais da questão, a má qualidade da argumentação, o escamoteamento da verdade e o esquecimento de diversas críticas, nenhuma das hipóteses que possam explicar tal comportamento é favorável ao outrora respeitável e neoignocente físico.
Fonte: Correio da Cidadania
 



[1] Rogério Grassetto Teixeira da Cunha, biólogo, é docente da Universidade Federal de Alfenas-MG rogcunha@hotmail.com

19 comentários:

  1. O que vejo é a instrumentalização da oposição a Belo Monte como bandeira anti-governista e anti-desenvolvimentista. Tenho para mim que os argumentos são desencontrados - alguns afirmam que a obra 'só beneficiaria multinacionais', para logo a seguir dizerem que a usina sequer funcionará pois não é 'tecnicamente viável'. Dizem que é proibido, pelo Código Florestal vigente, ocupar as margens de rios, mas afirmam que lá viveriamm 'dezenas de milhares de pessoas (êpa: lá é floresta ou é cidade? Se é cidade, qual será a 'devastação ambiental'? Se é floresta, como é que vive tanta gente assim?). Afirmam que é um crime construir usinas, mas as mesmas ONGs que denunciam barragens no mundo todo (WWF, Greenpeace, International Rivers) só atuam no terceiro mundo, abstendo-se de fazê-lo em seus países de origem. Ué: é só pra nós?
    Energia hídrica é renovável e limpa - agora dizem que lagos emitem metano: vamos acabar com todos os lagos, então? Qual a alternativa para produzir igual montante, do qual o Brasil necessita? Só poupar e racionalizar não basta, pois nosso consumo é uma fração dos outros países do mundo desenvolvido. Sou a favor, até prova cabal em contrário.

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    1. Hipócrita... não sabes o que diz! Assim como a Hidrelétrica de Tucuruí foi construída para atender a demanda energética da Programa Grande Carajás, a Usina Hidrelétrica Belo Monte nasce para dar suporte aos projetos da Vale, Alcoa e o desenvolvimento econômico do Sudeste. Por existir pessoas como você, que o Pará e o norte, são vistos apenas como colonia de exploração.
      Sou morador do Vale do Xingu há mais de 20 anos, aqui existem produtores que vivem da cacauicultura e da lavoura sazonal há cerca de 30 anos, e, no momento estão compulsoriamente deixando suas terras por míseras cifras, enquanto que, empresas terceirizadas chegam a ganhar milhões para construir alguns cômodos de 3x4m². Agora te pergunto! Isto é desenvolvimento social? Utiliza estes métodos de desenvolvimento para sua mãe, seu pai, seus filhos e para você! Também te pergunto, a sua bunda não senti inveja do tanto de merda que sai da sua boca?

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    2. Meu caro, seu desconhecimento da região é visível e sua falta de sensibilidade também. Não vou rebater se não aqui levaria horas. Mas tente entender o que e o que representa aquele rio para os povos da região ! Atingido não é só quem fica de baixo da água, lembre-se disso. Espero que nunca seu meio de subsistência termine, mas se terminar....entenderás.

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  2. Realmente dá nojo ver alguém defendendo Belo Monte. É vergonhoso e nojento.
    Tantas pessoas lutando contra Belo Monte e dando apoio aos povos do Xingu...e de repente a gente encontra uns tipos ridículos que defendem esse crime, essa monstruosidade chamada Belo monte. Dá nojo, dá nojo.

    Parabéns a Telma Monteiro pelo seu maravilhoso blog, pelos seus textos e pela sua inteligência.
    Salve o rio Xingu.
    NÃO a BELO MONTE.
    Salve os povos indígenas do Brasil.

    Ana, Brasil

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    1. essa usina e um crime contra todos um lixo de lavagem de dinheiro, um grande projeto que pelo tamanho descrito deveria gerar mais energia que se vai gerar, não concordo com essas usinas não pois para que tanta energia se até horarios de verão para economizar o que ja temos com sobra...........isso e so interesse politico investimentos que quase nao ajudam o Brasil e sim os exploradores internacionais.....

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  3. EU FICO COM PENA DOS HUMILDES SERVIDORES QUE IBAMA QUE TIVERAM QUE SE SUBMETER A ESTES ESTRAGOS AMBIENTAIS PELA PRESSÃO QUE SOFRERAM E SOFREM TODOS OS DIAS PARA APROVAREM A EMISSÃO DE LICENÇAS AMBIENTAIS.

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  4. Prezados, porque não a Belo Monte, la fora o Brasiçl a pouco tempo era o que....e hoje....temos um grande potencial a explorar e permanecer crescendo, como vamos crescer sem investimentos....para os demais paises proque não pagar para ficarmos improdutiveis.

    abraços

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  5. existem pessoas fadadas ao fracasso e tambem financiadas para trair a patria brasileira com essa demagogia preservacionista que e uma menttira, pois se o Brasil nao desenvolver a amazonia ira desenvolver as favelas e a pobreza centralizada em pouco espaco de terra que ja esta saturado...deveriam os ambientalistas se preocuparem com o estrago da natureza causado pelo acumulo de pesseoa nas redondezas das cidades, mas ai nao seriam financiados...entenderam? morte aos traidores da patria para que nao morram os honestos.

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  6. Telma Monteiro, olá !

    Parabéns por seu carater democrático e sua ética redacional, em postar este lixo comentado anonimamente !

    Aliás, seria utópico, esperar algo mais consistente de comentaristas com tão pouco conhecimento de gramática e redação !

    Este é o retrato da maioria dos nossos conterrâneos, infelizmente.

    Desconhecem que o cilvícula, seja qual for a sua etinia, possui a sabedoria de que para ele sobreviver, ele tem que estar vivendo em hamonia com o seu Meio-Ambiente !

    Desconhecem que os ribeirinhos, são os maiores preservadores da mata ciliar na sua interlândia !

    Ou seja, se toda a ocupação humana na faixa ciliar dos nossos rios, fosse feita por somente ribeirinhos, não ocorreriam tamanha erosão nas suas margens !

    Os rios teriam mais estabilidade em seus cursos naturais, pois seus leitos não teriam um assoreamento acelerado !

    Outra questão, o Direito Humano !

    Com que justificativa querem interferir no modo de vida dos silvícolas brasileiros !

    Na realidade, nós, os "civilizados", temos é inveja por não termos a paz e a felicidade presentes, em nosso quotidiano servido pelas "facilidades" que o "desenvolvimento" nos oferece !

    Então, não suportando tal incoerência, criamos as condições para o genocídio dos que estão vivendo em outro estilo de vida, que ospermitem sentir a Felicidade - "A Felicidade só habita onde a Ganãncia não tenha pissado !".

    Isto não seria, então, discriminação racial ?

    Aliás, conclamo aos comentaristas importunistas, voltarem após assistirem, no YouTube, a entrevista dada pelo atual presidente do IBAMA, Curt Trennephl, sobre a sua decisão de construir Belo Monte.

    Venham comentar sobre o genocídio assumido por ele !

    Sugiro que façam, o mais rapidamente possível, uma limpeza mental, pois foram lavadas com água contaminada !

    Saibam que Tucuruí, por ter iniciado sua Geração de Energia, sem ter sido construído o seu Sistema de transposição do desnível d'água que a sua barragem criou, tornou INSUSTENTÁVEL, por mais de 27 anos, o Transporte Hidroviário Fluvial, para o comércio exportador das commodities produzidas na nossa Região Centro-Oeste, que por lógica, deveriam seguir o rumo Norte, para, por transbordo na foz do Amazonas, prosseguirem em navegação marítima.

    Logo, uma Barragem para a Geração de Energia Elétrica, é Obra Insustentável se não tiver sido construída, simultaneamente, a sua pertinente ECLUSA !

    Verifiquem os custos econômicos, sociais, estratégicos, ambientais, industriais, políticos e comerciais que a falta das Eclusas em Tucuruí impôs ao longo dos mais de 27 anos !

    Estão repetindo isto no Madeira e querem fazer o mesmo com o Xingu !

    Francamente ...

    Abraços á todos !
    Somel Serip.

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  7. Tudo bem, Somel. Mas já que você falou em gramática e redação, gostaria, então, de lembrar-lhe que silvícola se escreve com "s", e não com "c".
    Obrigado.

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  8. Marcos Roma, olá !
    Agradeço a sua correção ortográfia acertada.
    Abraços à todos !
    Somel Serip

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  9. Telma: não sou insensível à questão indígena. Não sou insensível à questão da sustentabilidade ambiental. Luto há muitos anos pela democracia (não a burguesa, que não é democrática),mas tudo me indica que é necessária a construção de Belo Monte.
    Convença-me que não precisamosde fontes de energia. Convença-me que outras fontes são mais baratas. Convença-me que o discurso ambientalistas é desinteressado. All Gore já o defendia.

    Pergunto: e os dinossauros,por que foram extintos?? A natureza se refaz.. Quanto à população local, a luta é que tenham atendimento. O Brasil precisa desta fonte de energia. Tenhoacompanhado o debate e váriosintelectuais progressistas defendem Belo Monte. Mas,não sou especialista, nemmau caráter! Convença-me!

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    1. http://telmadmonteiro.blogspot.com.br/p/belo-monte-mega-projeto-mega-riscos.html
      tudo e mais um pouco...

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    2. Eliana,olá!
      No Contrato de Itaipu,assumiram não poder instalar mais Unidades Geradoras!
      Ocorre que o tal Contrato já pode ser modificado pelo Lula para BENEFICIAR o Paraguai !
      Eu pergunto: já que houve mudança contratual, por que não ter sido incluída a possibilidade do BRASIL instalar lá, por conta própria e com geração hidrelétrica exclusiva para consumo Brasileiro ?
      Atenta para o Fato de que sempre que o Vertedor de uma Barragem Hidrelétrica entra em operação, ocorre o desperdício da Energia Potencial existente.
      Eu lhe pergunto: não é mais viável, primeiramente, aproveitar a tal energia potencial já existente em muitas das Barragens que jáform implantadas, instalando outras mais unidades geradoras ou trocando as já existentes por outras mais eficientes? Afinal, a Barragem já existe e o impacto ecológico já foi implantado, certo ?
      Hã, sim, mas isto não interessa para a clePTogracia agora existente,certo ?
      Abraços à todos !
      Somel Serip.

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  10. Qual seria a raça " dinossaura" de hoje a ser extinta? Bem poderia ser o Consorcio dessas empresas aéticas junto com esse abominavel governo Dilma!!!!

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  11. estou no 9º semestre de direito e gostaria de fazer meu tcc nesta area tipo o direito de oitiva aos indios de belo monte quem puder me ajudar. estou tentando fazer um sumario.

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  12. Inicie procurando como cria-se uma Reserva Indígena, aí você irá ter muitas surpresas.

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    1. NINGUÉM POSSUI O DIREITO DE LHE IMPOR UMA OUTRA FORMA DE VIVER SE VOCÊ QUISER PERMANECER EM SEU MODO DE VIDA,concorda ?
      Os Nossos Autênticos Silvícolas não conhecem a GANÂNCIA: colhem, caçam e consomem somente o necessitam, não acumulam, não matam por prazer e preservam o meio-ambiente ao serem nômades, dando o tempo necessário para que a Natureza se recomponha !
      Vivendo desta maneira, ELES conseguem ser,realmente, FELIZES ! E é, justamente, por isto que a nossa "Civilização dos BRANCOS" ,por inveja inconsciente, sempre justifica alterar o sítio que, tradicionalmente, é necessário para que a sua Cultura Nativa seja preservada, entende ?
      Eu interpreto que as OITIVAS sejam uma simples APRESENTAÇÃO do que se planeja modificar em tais Sítios Tradicionalmente por ELES ocupados para que ELES possam autorizar, ou não, tal ingerência no seu modo de viver !
      Considero, que serão sempre dos Silvícolas envolvidos a PALAVRA FINAL E SOBERANA !
      Enfatizo que só cabe aos Verdadeiros Indígenas a escolha de como ELES querem viver !
      Abraços à todos !
      Somel Serip.

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  13. Não, para tudo!
    Belo monte vai trazer energia para o país e dindin para o meu bolso pela GDF Suez. Parem de chorar, unam-se as forças vencedoras e prosperam com o lucro que vem em seguida.
    Índios? Deixem estes latifundiários para lá. Já caçaram por muitos anos, está bom. Tudo na vida é um ciclo, e o deles está no fim. Que assim seja!!!!

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Ferrogrão na Amazônia: estudos atualizados pela EDLP, Ministério dos Transportes e Infra S.A.

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